(março de 2004)
prezadas criaturinhas,Gosto de ver passar as pessoas no shopping santa ursula. Peço um suco demamão, um sanduba de pasta de berinjela, sento no último piso e as vejopassar. É um shopping um pouco diferente, tem uma personalidade quemistura os tipos que frequentam o local. Tem as centenárias senhorasplastificadas, moradoras dos arredores, com seus cabelinhos tingidos eralos, armados em bolos de laquê, com suas peles finas, esticadas, osolhos de cleópatra e a testa imensa de bethânia e il casanova difellini. São chiques, very chiques, mas passaram da conta na esticada dajuventude.O santa era para ser fino, vertical. Ter só suas lojas finas. Mas tambémtem sua galera estudante do ensino médio da região. Isso faz adiferença! Não é tudo pré-moldado. No outro shopping, perto de casa, aspessoas são previsiveis, as adolas vestem a calça da moda, a camiseta damoda, todas iguaizinhas, patricinhas, loirinhas reflexadas peloxampuzinho tonalizantes do catálogo da l'oreal. Sem a menor expressão dealguma réstia de personalidade. Todas escutam a maria rita e a marisamonte (porque são finas) e comem cesar salad para manter o corpinhosugado pelas cânulas da lipinha nossa de cada ano.As minas do santa sim, são bacanas, são cocotas, patricinhas e darks.Usam calças jeans tão baixas que devem raspar a primeira fileira dospelos pubianos. Existem as heavy metal com seus cabelões vermelhos, suast-shirts pretas estampadas com o marylin, coturnos negros e saias idem,em pleno calor tropiescaldante de ribeirão... e elas tudo de preto, quiáquiá quiá. Piercings de montão, as minas do santa. De um lado as velhasplastificadas, do outro a moçadinha da rede pública. E no meio, tambémas patricinhas. Acredito que não era essa ideia da gerência, penso queeles queriam um shopinchic, mas a meninada dos arrounds invadiu a praiaseca do santa. Dai ficou chic.
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