(julho de 2004)
Confesso que pequei! Primeiro, porque assisti os primeiros capítulos da nova novela e chorei deveras. Se bem que isso não quer dizer muito sobreas qualidades de alguma coisa, porque costumo chorar até em propaganda de margarina que tenha família tomando café da manhã. Mas fui acometido de sentimentos estranhos e esquisitos. Segundo, porque me deu uma vontade de escutar Maria Rita, pior que isso, escutar especificamente a música que toca na abertura da novela. Fui lá, busquei em meu armarinho de cds o dito cujo, empoeirado desde o dia da revolta pós compra (atenção, para os que não estiverem entendendo direito essa parte, favor procurar no www.cdicas.zip.net o famoso texto espinafrador de mary rits: "um cuspe parado no ar"). Imaginem a cena, eu e a claudia defronte o eclan televisivo, vendo os anos de chumbo comerem solto, olhei para a cara dela e disse (com o olhar): vamos liberar? A resposta veio em lágrimas, que se espalharam pelos pêdas de bolacha bauny ( uma versão da oreo-nabisco, feita pela marillan, tão boa quanto, só que muuuuuuuuuuuuuuito mais barata, nas boas casas do ramo mas, nas americanas tá mais barato e realmente fica muito bom molhar no leite gelado igual a propaganda da original) que nós comiamos emocionados e com os olhinhos grudados na tela.No intervalo comercial, a Claudia me diz que a música encontro e despedidas a faz lembrar de rodoviárias, das pessoas que passam enquantovocê espera e tem olhos para olhar para elas. Começo a sentir aquela vontadinha besta de escutá-la. Faço uma programação neurolinguística deemergêrcia, misturada a um mantra zen, e começo a me convencer que não é a filha da mãe que canta, mas a mãe mesmo! Daí, fico calmo e escuto e lembro da novela e dos anos de chumbo. Na hora dos lararará rererê, quase que minha prog-neuro-lingui falha, quase pondo tudo a perder. Na tela as pessoas correm e apanham. Eu, a Claudia e o Leopoldo Paulino devemos ser os únicos a chorar. Tempo de resistência.
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