20.12.04

Escorpiões, segredos, fósforos, formigas e as verdades do mundo natural em que vivemos

(agosto de 2004)
Têm algumas coisas que me irritam no mundo natural a nossa volta. A primeira delas é o terceiro segredo de fátima. Antes, porque não sabia qual era. Agora, porque achei mixuruca demais. Alguém aí suporta o fato que formigas não comem açúcar? Elas só levam pro formigueiro para cultivar os fungos que, estes sim, elas comem. E o elemento químico Fósforo que está presente na lixa que a gente usa para riscar e não no palito do dito cujo? Hein? hein? É possivel viver com essas informações e ser realmente feliz? Quando eu era pequeno, sempre ficava impressionado com uma história que minha mãe costumava contar. Ela dizia que o escorpião era um bicho tão do mal, mas tão odette roitman que, se você pegasse um e fizesse um círculo de álcool ao seu redor, pusesse fogo, ele enfiava seu próprio ferrão nas costas e se matava. Sempre me impressionei com essa capacidade turrenta do escorpion de não se entregar, de ter essa espécie de resistência poética chilena ao pinochet ígneo que fatalmente o transformaria em sequinho e esturrecadinho. Faz pouco tempo (em relação à minha própria existência) que descobri que o coitado desidrata com o calor do fogo a sua volta, seu corpinho de aracnídeo começa a secar e sua cauda se curva sobre si mesmo. É óbvio que ele não morre do próprio veneno. É óbvio que um escorpião (como um vírus) não tem moral. É óbvio que os fenômenos não são necessariamente iguais às explicações (mesmo científicas) que damos a eles. Até hoje não conversei isso (e nem pretendo) com minha mãe. Até hoje não comuniquei essa verdade científica a ela. Mesmo porque, como dizia o Leonilson: "São tantas as verdades!!!"

Um comentário:

Anônimo disse...

Nem todas as formigas cultivam fungos, momente um grupo de formigas da tribo Attini o qual inclui as formigas cortadeiras!!!