(junho de 2004)
prezadas criaturinhas,Acordo com um insistente pedido de "quero mamadeira!". Levanto de maneira semi-automática e caminho até o banheiro, xixi, lavar as mãos e colocar o leite no micro para o first-bezerrinho do dia. Já faço de baciada e distribuo entres as boquinhas de passarinho no ninho. Volto para a cama e ligo a TV e vejo a Ana mostrando um salame de chocolate que quase me faz despertar para a vida. Vejo ela fazer uma lambreca com as mãos enluvadas e desisto de emular tal procedimento culinário em minha casa. Descubro que o Brizola morreu. Nada acontece em meu coração. Vejo um flash ao vivo (ops) do velório. Enquanto o repórter fala aquelas coisas de sempre, vejo perto do caixão a Neusinha Brizola. Lembro dela no Jô, acho que semi-over-algum fármaco qualquer. Lembro que a cobertura era uma kitinete e a festa era mintchura! Mas o que mais me espanta, na cena clássica do velório de gente importante na TV, é um homem de terno, bigodão português, com uma cara de funcionário do local, perto do caixão, olhando para os lados e vendo se está tudo em ordem e... MASCANDO um chicletão! Bem descontraído. Ao seu lado, os familiares recebendo os pêsames dos políticos Darlenes, e ele lá, no velório, mascando descaradamente o chicletão. Será que tiraram ele da praia e o obrigaram a vestir aquele terno? Será que, num acesso de rebeldia inconsciente só sobrou nele, do código-vestuário praiano, o chicletão?Não tenho respostas. Afinal, meu cérebro ainda não funciona em sua plenitude e glória de um deus nagô. O flash ao vivo começa a ficar chato. Só me resta mudar para aqueles tontinhos do sbt, onde passa os super amigos, o tom e jerry e o riquinho porque, em breve, minha cama estará repleta de filhos!
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