18.7.06
Meu Primeiro Pirata
Não que eu seja contra cds piratas, muito pelo contrário. Adoro ver aquelas bandas de rock trash metal anti-establishment encabeçando campanhas contra a pirataria. Adoro ver músicos pop vanguardistas revoltados defendendo o seu quinhão no mundo business. Meu problema com os piratas são as capas, a arte final, as letras, quem tocou aquele souzafone na faixa dois e etc. Meu problema é puro e simples de embalagem, não de conteúdo, nem de filosofia. O essencial, para mim, como diria o velho dândi inglês, é visível aos olhos.Eu sei, ninguém resiste a um piratinha, quatro por dérreais contra 37 dos originais nas megastores da vida. Mas eu continuava resistindo. Porém, depois do advento iPódico em minha vida, muito da minha frescura por letrinhas foi por USB abaixo. O fato de descascar os cdzinhos e capturar somente suas alminhas binárias, me libertou do resto e me fez ver a luz divina e a essência das coisas, ou seja, do som, sem capinhas. Ainda assim, não tinha comprado nenhum cd pirata porque, mesmo quem renasce para o Senhor, pensa em Satã de vez em quando. Ou seja, continuava difícil, para mim, imaginar a alminha binária dentro do iPod sem seu corpinho original repousando na estante, junto aos priminhos.Outro dia vi que a Marisa Monte colocou um protetor em seus cds recentes que impedia a cópia para mp3 players. Daí, pensei: "Esses vão ser meus primeiros piratas!" Planejei uma visita ao calçadão para adquirí-los, mas nem foi necessário. Um amigo se antecipou e comprou os dois, piratões. Pedi emprestado e transmigrei suas alminhas cálidas e tribalistas para meu iPod. Nem pros piratas eu acabei pagando. Só para ela largar de ser tonta e parar de tentar controlar o incontrolável!
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